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Livro de Andrew Solomon mostra que viajar pode ser o antídoto contra a intolerância


Lugares distantes

Lugares distantes: Como viajar pode mudar o mundo, de Andrew Solomon. Companhia das Letras (560 págs.; R$ 79,90; R$ 39,90 o e-book)

A esperança é como uma infância feliz, pois nos prepara para lidar com os traumas que inevitavelmente virão, afirma o escritor Andrew Solomon na apresentação de seu novo livro, Lugares Distantes, que acaba de chegar às livrarias pela Companhia das Letras. A obra reúne textos escritos ao longo de mais de 20 anos sobre lugares tão diferentes quanto a União Soviética, Afeganistão, Ruanda ou Brasil. Em comum, o fato de que esses lugares estavam vivendo momentos de transição durante sua passagem por lá. Momentos de esperança.

“A mudança muitas vezes dá horrivelmente errado; a mudança muitas vezes eletrifica o ar só para esvanecer, irrealizada”, escreve mais adiante.

“Todos os países sobre os quais eu escrevi tiveram seus momentos de esperança e de perda dessa esperança. Mas não devemos desistir – mesmo com relação ao Rio. No entanto, é importante reconhecer a importância do problema”, disse.

Solomon cita Antonio Gramsci. “Em uma revolução, é preciso ter o pessimismo da razão e o otimismo da vontade”. E explica: “Racionalmente, sabemos que o que ocorre é um desastre real, mas é um grande desastre com uma solução. Temos que continuar tendo esperança e pensar que conseguiremos encontrar uma solução”, completa.

Seus textos são fragmentos de um tempo, são histórias contadas por seus personagens. Nesses mais de 20 anos, ele conheceu 83 países e escreveu sobre uma boa parte deles para publicações diversas.

(To read the full review, please visit Estadão..)