por Monica Manir
Atingido por uma depressão devastadora, da qual se ergueu usando os remédios certos e uma rede amorosa de apoio, Andrew Solomon relatou todo o processo em O Demônio do Meio-Dia. Onze anos mais tarde, em 2012, ele preencheu outro livro, Longe da Árvore (ambos da Companhia das Letras), com a experiência de pais tentando educar filhos “complicados”. Abaixo, Solomon junta as duas vivências para falar de antidepressivos no mundo feminino.
As moças estão mais propensas à depressão do que os rapazes?
Sim. Parte disso é biológico: elas têm uma flutuação hormonal, que pode lançá-las à depressão. Mas parte é social. A depressão dos meninos muitas vezes se manifesta de forma violenta, o que não é interpretado como doença. Já as meninas costumam se retrair, e isso tem mais cara de depressão. Além disso, nesse mundo desigual, elas muitas vezes se sentem mais desvalorizadas do que eles.
As redes sociais podem acentuar as crises de ansiedade?
Estamos todos vulneráveis online. Talvez as meninas um pouco mais, porque preocupadíssimas em vender a aparência. A autoconfiança pode ficar abalada por avaliações públicas implacáveis. Além disso, e-mail e mensagens de texto, esses bits repentinos de comunicação, chegam carregados de inconsistência. As mulheres se sentem perseguidas e esquecidas, o que pode provocar muita dor.
(Para ler a entrevista completa, visite o Estadão.)